Plano de vacinação no Ceará contra Covid-19 é atualizado e Governo inclui novos grupos prioritários
Foto: AFP
A definição dos grupos prioritários para
vacinação contra Covid-19 no Ceará foi alterada. A Secretaria da Saúde (Sesa)
divulgou, nesta quinta-feira (24), um documento no qual consta a inclusão da
população em situação de rua, de trabalhadores do transporte coletivo,
transportadores rodoviários de carga e pessoas com deficiência permanente
severa entre a população que receberá primeiro a vacina, logo que disponível no
Estado.
Com a inclusão, a quantidade de doses
necessárias para a vacinação dos grupos prioritários no Estado também foi
recalculada. Antes, a estimativa era de 1,7 milhão de doses. Agora, a projeção
é de 2,6 milhões.
Em relação aos grupos, anteriormente, a
Sesa havia elencado como prioridades: trabalhadores de saúde, idosos acima de
75 anos de idade, pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas, população
indígena, pessoas com comorbidades, professores, membros das forças de
Segurança e salvamento, colaboradores do sistema prisional e população privada
de liberdade.
Com a atualização do plano, a divisão dos grupos prioritários
fica da seguinte forma:
1ª fase
Trabalhadores da saúde: 182.907 pessoas
Idosos acima de 75 anos de idade:
269.964 pessoas
Pessoas com 60 anos ou mais que vivem em
instituições de longa permanência: 115.978 pessoas
População indígena: 26.903 pessoas
2ª fase
População de 60 a 74 anos: 538.785
pessoas
3ª fase
População com Comorbidades: 415.155
pessoas
Demais fases
Outros grupos: 1.062.093 pessoas
Não há data específica definida para
início da aplicação das vacinas no Estado, mas, segundo o documento
"estima-se que a distribuição de doses da vacina pelo Ministério da Saúde
acontecerá de forma fracionada e programada no período de janeiro a julho de
2021".
No documento também consta que, conforme
reunião realizada no Ministério da Saúde no último dia 21, "a perspectiva
do Estado do Ceará é receber, inicialmente, doses de vacina do
laboratório da
Astrazeneca/Fiocruz".
Logística para armazenamento da vacina da Pfizer
Também consta no plano de
operacionalização para vacinação contra Covid-19 que houve visitas aos
ultrarefrigeradores da Universidade Federal do Ceará (UFC) "para possível
armazenamento da vacina Pfizer". Os equipamentos devem ser mantidos em salas
disponibilizadas pela unidade de pesquisas clínicas e instituto de biomedicina
da UFC.
Apesar da manifestação do Governo do
Estado de adquirir vacinas de diversos laboratórios, até então não havia
documento com menção oficial sobre aquisição da vacina da farmacêutica Pfizer.
A Sesa destaca que ainda não há confirmação sobre o Ceará receber esta vacina
em específico, mas sim que há "uma preparação caso aconteça a
aquisição".
"Está sendo adequada a logística
para que os municípios mais perto dos centros onde existem esses freezers
possam receber a vacina da Pfizer. Outras duas universidades também estão sendo
analisadas, pois possuem essas estruturas. São elas, a Universidade Federal do
Cariri (UFCA) e a UFC de Sobral", diz o documento.
Devido à dificuldade em manter um cadeia
de frio homogênea em todo o Estado, para a vacina da Pfizer a orientação é que
ela seja utilizada em Fortaleza e na Região Metropolitana. Isto porque esse
imunizante requer armazenamento em temperaturas baixíssimas diferentemente das
vacinas já cogitadas para o Ceará como a da Universidade de Oxford e do
laboratório AstraZeneca e a do laboratório chinês Sinovac, que será reproduzida
em São Paulo pelo Instituto Butantan, a CoronaVac.
"Ao todo, caso necessário, será
disponibilizada para janeiro de 2021 uma capacidade de 500 mil doses. Em
seguida, com a chegada de novos equipamentos, será possível armazenar 1,5
milhão de doses. A maioria dos freezers possui capacidade para 4000
litros", de acordo com trecho do documento da Sesa.
Diário do Nordeste
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